sábado, 21 de janeiro de 2012

Capítulo 28

- Oi mamuska? – disse ele sentando no banco do meu lado.
- Acabou meu tempero, vai lá com a Cecília, que ela não conhece a cidade?
-Claro! Bora lá? – ele me chamou
-Não tem problema você sair?
-Dessa vez não, eu vou bancar seu motorista hahahah
-Sério isso? Luan Santana como “meu ” motorista? Hahahaha
-Vamos logo sua besta. – ele disse enquanto me puxava pelo mão.
No caminho ligamos o radio (como se fosse muito longe hahaha) e ele me deixou escolher. Passei de radio em radio até que...
“Amar não é pecado e se eu estiver errado que se dane o mundo...”
Eu parei e olhei para ele que riu.
-Meu cantor favorito, você conhece?
-Mais que todo mundo Hahaha.
-Imagino.
Chegamos em poucos minutos, e rapidamente eu já saia da loja com o tempero que a Marizete queria, aquele que eu não sabia o nome e o Luan me ensinou enquanto eu cantava amar não é pecado.
Acho que posso usar esse termo: O meu mundo parou quando eu sai por aquela porta, uma raiva me dominou. O que ele fazia ali? Eu queria bater nele até não agüentar mais, pelo contrario depois de encará-lo por alguns longos segundos eu passei tentando fingir não ter visto. Mas parecia que algo não me queria bem naquele momento.
-CECÍLIA?- continuei andar como se o ouvisse, mas ele insistiu. –Cecília? – disse pegando o meu braço. – o que você ta fazendo aqui?
- Não é da sua conta. Dá pra soltar? Ta machucando. – me referi ao braço que ele apertava, ele me soltou e se colocou na minha frente.
-Ô meu amor não faz isso comigo, você sabe que eu te amo.
-Me deixa em paz por favor Felipe. Quem ama não faz a sacanagem que você fez. –tente passar mas ele não deixou ficando em minha frente pra onde eu fosse. – me deixa passar.
-Não até você falar comigo direito.
-Eu não tenho nada pra falar com você e já te disse.
-O que está acontecendo aqui? – o Luan chegou com um disfarce improvisado, óculos, boné e o capuz da camisa que ele estava.
Ele estava bem sério e eu me segurei para não rir naquela hora.
-Quem você pensa que é pra se meter na conversa ... Espera ai, você não é o Luan Santana? – o Felipe dizia com cara de mau.
-O que ta acontecendo Cece? Quem é esse cara?
- É com ele que você ta agora? É isso mesmo Cecília? Você vai ser mais desse seu ídolo que você idolatra não ver isso?
-Cala boca. – dei uma tapa nele – Você não sabe de nada. Eu não to com ninguém, o Luan é amigo.
-Amigo mesmo?
-E se eu tivesse com qualquer outro cara não é da sua conta. Vamos Lu! – sai e o Luan veio junto e fomos para o carro.
Confesso que fiquei abalada ao vê-lo ali, se fazer de forte não é fácil. Disse sim que não o amava, mas ele foi meu namorado e eu gostava dele, gostava das lembranças, dos momentos felizes que ele esteve ao meu lado. Ele fez parte da minha vida, do meu dia a dia e coisas assim não são fáceis de desacostumar. O Luan estava do meu lado naquele momento e percebeu que eu me mantinha calada e pensativa. E foi no abraço do meu ídolo que eu encontrei o conforto que precisava, acabei desabafando, contando toda a história eu precisava disso. O que eu ouvi daquele anjo naquele momento, foi...foi algo tão... algo que nunca imaginei sair da boca a qual pertencia a mais linda voz que eu já ouvira. Palavras de tão grande beleza e poder de conforto que eu não sou capaz de repeti-las.
-Desculpa Luan!
-Pelo que?
-Desabafar assim, do nada.
-Do nada? Depois daquela cena? Não precisa pedir desculpa, sempre que precisar pode contar comigo, pra tudo ta.
-Obrigada ta! – eu abracei num impulso, as lagrimas continuaram a correr pelo meu rosto e molhavam seu ombro.

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