sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Capítulo 27

Na viagem de volta ao Brasil, eu tive outra surpresa.
- Pai, acho que a minha passagem ta trocada.
- Porque?
- Deve do Lu, da Bruna, da seu Amarildo ou da dona Marizete. É para Londrina.
- Não, não filha é isso mesmo. Vamos para Londrina e de lá, para Casa.
- HÃ?! – fiquei boquiaberta com a noticia.
- Não vai se livrar de mim tão rápido quanto pensava né? Hahaha- o Luan chegou pro trás.
- Eu? Querendo me livrar de você? É mais fácil você enjoar de mim do que isso acontecer.
- Eu? Que é isso, nunca.
Nossa quando o Luan falou aquilo, foi tão fofo, muito mais pra mim porque era muito importante o afeto dele. A viagem não podia ser nada alem de perfeita, eu, o Luan e Bruna ficamos no mesmo banco e a bagunça não foi pouca, mas a viagem era longa e chegou a hora que não deu mais, a gente dormiu. Não sei quanto tempo depois foi que acordei, mas sei que fiquei assustada com a situação. Nossa colocação no banco era a seguinte: Eu na janela, Luan no meio e a Bruninha no corredor, e como o próprio disse “eu que tenho que ficar no meio, uma gata de cada lado Hahaha”, o que causou certa confusão com a Bruna falando que ele se achava demais. Voltando a minha situação, eu estava com a cabeça encostada no Luan e ele me abraçava. Discretamente saio do abraço dele e pegando um travesseiro no compartimento do avião ajeitei para que ele ficasse confortável.
-Pelo menos ele não te atacou com um golpe de karate Hahaha.
O fato de eu não ter percebido que a bruna estava acordada me fez ficar novamente assustada provocando um pulo de susto no banco.
-Que susto, pensei que tivesse dormindo! – e pensei realmente, pois estava quando olhei.
- Te enganei direitinho hein! – ela disse entre risos altos, mas abafados por ela está com a mão na boca.
Ela tinha fingido dormir quando me viu acordar. As risadas dela eram contagiantes e eu também comecei a rir.
-Vocês hein! Barulho!
Paramos de rir no mesmo instante, mas foi por pouco tempo ao constatarmos que ele tinha dito isso enquanto dormia. Dessa vez nosso risos o acordaram.
- O que foi? – ele disse ainda acordando.
- Nada. – fui direta, mas ainda parando de rir e olhando pra Bruna como se implorasse pra ela não falar nada.
- Você, lutando e conversando enquanto dorme.- ela disse olhando pra mim e depois pra ele
- Eu? – ele disse envergonhado.
-É, você sim.
Ele me olhou como se precisasse de uma confirmação.
-Lu todo mundo sabe que você fala dormindo. Hahahaha.
- Atá.
De repente começou novamente aquela baguncinha básica que fez a Marizete jogar o travesseiro dela no Luan nos fazendo rir muito da cara dele.
- Vocês não querem voltar a dormir não? Tava tão bom... – ela disse depois de jogar o travesseiro nele.
Calamos-nos por alguns minutos, mas foi só o tempo deles dormirem e começou tudo de novo, só que mais cautelosamente baixo.
A estadia em Londrina não podia ser melhor, alias, eu ia ficar na casa do meu ídolo, que agora era mais que isso. Meus pais ocuparam o quarto de hospedes e eu fiquei no quarto da Bruna.

-A gente vai fazer a festa. – ela comentou enquanto subíamos com a bagagem.
- E eu fico de fora né? – disse o Luan que subia logo atrás de nós.
-Claro meu bem, permitidos só paras seres do sexo feminino. – ela debochava.
Iríamos ficar apenas um dia por lá. Depois de todos instalados minha mãe e a Marizete foram fazer o almoço – tínhamos chegado por essa hora – e eu fui oferecer ajuda:
-Não precisa meu bem, pode ir descançar.
-Eu dormi no avião. – sorri – mas se precisar de alguma coisa é só chamar dona Marizete.
-Pode deixar, já pedindo tira o Dona minha linda. Hahaha.
-Ta certo. Marizete.
Rimos, eu fiquei sentada no balcão da cozinha.
- Ta faltando ... – ela disse o nome de um tempero que eu não conhecia e também não entendi.
-Quer que eu vá comprar?
-Você faria isso meu bem?
-Claro!
-Então eu quero sim... mas você não sabe andar por aqui né?
-É, mas eu desenrolo Hahaha.
-Já sei. Luan! – ele estava no sofá vendo TV .

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